Roberto Costa

Um dos pioneiros na arte de implantar marca-passos no Brasil, o cirurgião cardiovascular e pesquisador paulistano Roberto Costa tem um objetivo claro: tornar cada vez mais tranquila a jornada de quem precisa do aparelho para viver. Na colocação desses dispositivos cardíacos em gestantes, por exemplo, Dr. Roberto foi o primeiro médico no mundo a adotar o ecocardiograma como alternativa ao raio X para evitar a má-formação dos bebês ‒ isso em 1984. Foi ele também quem aperfeiçoou de modo significativo a técnica do implante em recém-nascidos, entre 1981 e 2002. Antes, era preciso fazer a primeira cirurgia de troca do marca-passo perto do terceiro ano de vida do jovem portador. Sua obra, no entanto, permitiu que as crianças somente precisassem realizar a substituição bem mais adiante, por volta dos 8 anos de idade.

Esses dois grandes feitos são de décadas atrás. Mas, até hoje, quem o vê contar o quanto fica feliz em solucionar o problema de seus pacientes, de todas as faixas etárias, logo percebe que ele nasceu para a medicina. “A estimulação cardíaca, meu campo de atuação, me permite melhorar a vida de centenas de pessoas anualmente. Isso é muito gratificante”, diz.

Seu fascínio pelo marca-passo vem de 1980, ano em que ele, então residente de cirurgia cardíaca do Hospital das Clínicas ̵ HC, se casou com a Dra. Maria Inês Leão, seu braço direito. Naquele momento, o casal não podia prever que a parceria de vida ‒ que começara com o ingresso dos dois na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ̵ FMUSP havia oito anos ‒ teria desdobramentos tão bem-sucedidos. “O marca-passo e os procedimentos por visão indireta, na época, eram novidade no Brasil. Eu fui aprender e me encantei”, lembra Dr. Roberto. E o jovem médico se aprofundou tanto na área da estimulação cardíaca que em janeiro de 1981, com apenas 26 anos, já era o responsável pelo serviço de marca-passos do Instituto do Coração ̵ Incor (HC FMUSP).

De lá para cá, ele realizou mais de 20 mil atos cirúrgicos, a maioria dos quais para implante de dispositivos cardíacos. Com tantos casos no currículo ‒ e no banco de dados em que armazena o histórico de seus pacientes desde 1982 ‒, Roberto Costa também se tornou um grande pesquisador. O número de publicações científicas que levam seu nome passa de 170. “Sempre acreditei que a técnica operatória pode ser melhorada constantemente. Nesse sentido, eu sou perfeccionista”, assume. Quando o assunto é inovação, porém, a palavra de ordem para ele é “prudência”. “Em cirurgia, a obtenção de bons resultados passa pelo respeito às diretrizes e aos conhecimentos preexistentes. Ousadia ou displicência são inaceitáveis”, ressalta o especialista, que é professor da USP desde 2000.

Seja em hospitais particulares de renome, como o Albert Einstein e o Sírio-Libanês, seja no Incor, pelo Sistema Único de Saúde ̵ SUS, Dr. Roberto conduz suas operações de forma primorosa. “Meu papel é realizar o melhor procedimento possível para cada caso. É solucionar o problema do coração, mas com o menor custo para o paciente, tanto em desgaste físico como do ponto de vista estético”, explica. Para ele, o marca-passo não pode atrapalhar seu portador. “Pelo contrário: o aparelho deve levar o indivíduo de volta à sua vida normal, seja ela como for.” E completa com bom humor: “Se for ruim, não será por culpa dos batimentos cardíacos”.

Tão evidentes como sua competência e seu profissionalismo são o respeito e a atenção com que Dr. Roberto recebe quem vai ao consultório que ele e a esposa inauguraram em 1983. Localizada no bairro de Pinheiros, em São Paulo, a aconchegante Clínica Roberto Costa conta hoje com o apoio de outros quatro médicos. Entre eles está a filha primogênita dos fundadores, a cardiologista Silvia Leão Costa. Do pai ela herdou não só o talento para a medicina, mas também a cordialidade no trato com os pacientes. Tomar um cafezinho e bater um papo com os que estão na sala de espera, aliás, é um luxo a que Dr. Roberto se dá sempre que possível. “Essa troca de experiências é valiosa. É uma das grandes riquezas do meu ofício”, reconhece o cirurgião.

Se o convívio com a clientela o presenteia com cultura, ele retribui a gentileza de maneira generosa. “Mitos e dúvidas em torno do marca-passo são inúmeros. Na minha clínica, nós sempre procuramos esclarecer todas as questões. Mas tínhamos um limite de tempo e de espaço. Com a nossa página na internet, esse problema não existe mais”, conta satisfeito. Ao ver no ar o site que idealizou durante anos, Dr. Roberto comemora: “Agora sim, com conteúdo informativo de qualidade, podemos beneficiar portadores de marca-passo no mundo inteiro. Um auxílio online, grátis, para quem quiser”.

 

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