Tratamentos

As arritmias podem ser tratadas por meio de diversas opções isoladas ou até mesmo com a combinação de algumas das possibilidades descritas na sequência. Lembre-se: somente o médico cardiologista está apto a orientar qual é o tratamento mais adequado para você, com base no seu histórico e no seu quadro geral.
  • TRATAMENTOS DE EMERGÊNCIA

    • Medicamentos antiarrítmicos de uso injetável

      Às vezes, é preciso combater uma arritmia rapidamente. Situações assim normalmente ocorrem nas unidades de atendimento de urgência ou de terapia intensiva. Nesses casos, o médico responsável poderá lançar mão de medicamentos injetáveis, que são mais rápidos para interromper ou prevenir uma arritmia grave.

    • Marca-passo cardíaco temporário

      As bradicardias patológicas às vezes não respondem bem ao tratamento com remédios. Por isso, em casos de emergência, pode ser preciso aumentar os batimentos cardíacos com um marca-passo artificial provisório. Se os médicos optarem pela estimulação transcutânea, o coração receberá estímulos elétricos por meio da pele do tórax. Já se o tratamento mais adequado for a estimulação transvenosa, um fio chamado de cateter-eletrodo será introduzido em uma veia – do tórax, do pescoço ou da virilha – para levar os estímulos elétricos diretamente até o coração. De acordo com a evolução do caso, o marca-passo temporário poderá ser removido ou substituído por um definitivo.

    • Cardioversão elétrica

      Caso uma arritmia rápida – uma fibrilação atrial ou uma taquicardia ventricular sustentada – não pare sozinha nem com o uso de medicamentos, a equipe médica pode optar pela aplicação de um choque elétrico no peito do paciente para interrompê-la. Trata-se de um procedimento bastante doloroso, que deve acontecer sob sedação profunda. Como os sedativos atuais têm efeito muito rápido, a pessoa recupera a consciência logo após a normalização do ritmo cardíaco.

       

    • Desfibrilação externa

      Quem sofre uma parada cardíaca precisa receber imediatamente um choque elétrico no peito chamado de desfibrilação externa. Nesse caso, como a pessoa já está inconsciente, não há necessidade de sedação. Em hospitais ou unidades de resgate, as equipes médicas ativam manualmente os desfibriladores. Alguns locais públicos com fluxo muito intenso de pessoas, como estações de metrô, disponibilizam aos seus frequentadores um aparelho conhecido pela sigla DEA, o desfibrilador externo automático. Equipamentos desse tipo fazem sozinhos o diagnóstico da fibrilação ventricular, dão o choque, e verificam se a descarga elétrica foi efetiva. Por esse motivo, em uma emergência, o DEA pode ser manuseado e aplicado (em quem estiver com o coração parado) por pessoas que não sejam da área da saúde.

  • TRATAMENTOS DE LONGO PRAZO

    • Medicamentos antiarrítmicos de uso oral

      A forma mais comum de prevenir ou interromper uma disfunção nos batimentos cardíacos é com a utilização de medicamentos que agem para normalizar o ritmo das batidas do coração. Quando o médico detecta uma arritmia que precisa ser tratada, ele está autorizado a prescrever um desses remédios. Entretanto, esse tipo de medicamento pode provocar efeitos nocivos, como o pró-arrítmico: agravamento da própria arritmia que se está tentando tratar. Se suspeitar que o seu tratamento medicamentoso deve ser revisto, retorne ao cardiologista.

    • Ablação por cateter

      Para eliminar o mecanismo causador de certas arritmias, às vezes é preciso cauterizar áreas específicas do coração. Esse procedimento é feito pela introdução – normalmente na virilha – de cateteres cauterizadores (cabos com a capacidade de queimar um alvo desejado) em veias ou artérias que chegam até o coração; ou pela inserção desses fios na região central do tórax, para que tenham acesso direto ao pericárdio, a membrana cardíaca. Por ser um procedimento “invasivo”, a ablação por cateter é indicada somente quando o tratamento com medicamentos não dá certo, ou se a equipe médica julgar que seu benefício compensará o risco.

    • Ablação cirúrgica

      A cirurgia que se faz no coração, com o peito aberto, para eliminar a causa de uma arritmia cardíaca grave recebe o nome de “ablação cirúrgica”. Essa intervenção tem se tornado cada vez mais rara, pois, com a mesma finalidade, a ablação por cateter oferece menos riscos de complicações. Há situações, no entanto, em que a ablação cirúrgica é recomendada: quando as condições técnicas para a solução do problema são desfavoráveis à utilização de cateteres; ou quando, por motivo de outra doença cardíaca, a pessoa tem de ser submetida, de toda maneira, a uma cirurgia no coração. Nesse último caso, o cirurgião costuma fazer as duas correções em uma mesma operação para evitar desgastes ao paciente.

    • Marca-passo cardíaco definitivo

      Pessoas que apresentam bradicardias malignas, dissincronia cardíaca, ou riscos de morte súbita (por taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação ventricular) têm grandes chances de precisar implantar um marca-passo definitivo para solucionar seu problema. O marca-passo é um aparelho pequeno, leve e seguro (próprio para ser instalado dentro do corpo) que, por meio de fios chamados de cabos-eletrodos, transmite pulsos elétricos ao coração e, assim, acerta seus batimentos. Existem três tipos: o marca-passo simples, para as bradicardias; o marca-passo com ressincronizador, para a dissincronia cardíaca; e o marca-passo com desfibrilador, para quem tem risco de morte súbita. Este último, também conhecido pela sigla CDI, de “cardioversor-desfibrilador implantável”, detecta arritmias ventriculares letais, e dispara choques de alta energia para salvar a vida de seu portador. Leia mais sobre os marca-passos  nas seções “O que é marca-passo”, “Implante”, “Cuidados”, “Manutenção”, “Perguntas Frequentes” e também no nosso blog.

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